quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

E um tanto quanto Crucial


A situação que ele me faz passar é tão alvitante, que me incomoda bastante, é tão perene, que acho utópico, pensar que ela chegaria ao fim. As pessoas me dizem que eu sou rebelde.  É fácil falar que o gramado do vizinho é melhor porque não estávamos lá quando ele foi deixar o seu gramado mais verde, as pessoas sempre só enxergam minha vitorias, mas nunca os tombos que eu levei nessa estrada que se chama vida. Não obstante eu me sinto tênue, presumo que essa fase é trivial e crucial, na minha vida, fase de começar a pensar em sair de casa. Mas como encarar essa nossa sociedade capitalista banhada em hipocrisia? Como sobreviver lá fora, tendo que cuidar sozinha de uma casa cheia de despesas? E como conseguir uma instabilidade financeira instável?

São tantas as perguntas, que fico estuporada. Eu sei que todos falam que sair de casa é coisa de adolescente frustrado, e rebelde, mas não ligo eu tenho meus motivos pra querer mesmo sair. Daqui a oito meses eu irei fazer 18 anos é preciso terminar os estudos logo fazer minha faculdade e quem sabe eu consiga entrar pro Greenpeace. Por que a situação na minha casa é desconfortante.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Besteiras sem fim


Dizem que isso é coisa de adolescente, e quando você pensa que está tudo acabando vem alguém e te conta que, na verdade, isso vai te acompanhar pra sempre. Preciso encontrar um caminho, o meu caminho, preciso te ouvir, preciso voltar a ter esperança não suporto a lágrima que teima em cair, não suporto este peso no peito e esta sensação de vazio na alma, não suporto a angústia nos nossos rostos em cada pensamento controlado, não suporto ter de estar sem você e estar tão próxima. Estou perdida, perdida sem saber o que esperas de mim, perdida sem saber onde continuo a errar. Perdida em pensamentos e sentimentos que são tão grandes, mas tão irrelevantes no fundo. Vegeto seria a palavra ideal. Ideal para descrever a minha vida, sendo sempre mantida nas ostentações da sociedade, lutando para ser sempre aprovado pelos outros, matando o que há dentro para exibir o que esta fora, Destruindo as minhas estruturas para que outros construam no mesmo local. Louca?Sim Pois, na medida em que vivo, percebo que aqueles que foram considerados insanos, São na realidade as mais brilhantes mentes que já viveram, mas Olho pro meu interior e vejo fragmentos de vida, sorrisos, varias faces que eu criei para mostrar como eu estava feliz e contente com o que acontecia em minha vida. Gritos, choros reprimidos que habitavam no meu interior e por não ter mais espaço colidiam e sem poder sair explodia causando enorme dor, faces minhas partes irreconhecíveis, pois para cada ocasião uma nova deveria ser criada, e ao final deveria ser novamente quebrada para que outra tomasse o seu lugar, sentimentos, Ódio, rancor, depressão esses fragmentos, finos demais para serem reconstituídos, mas finos o bastante para me ferir e causar a minha dor diária. Dor companheira, amiga e confidente que me acompanha desde primórdios da minha vida, felicidade, prima distante, falsa e corrupta que me visita uma vez por século, me causando paixão para que depois ela tenha o prazer de permitir que eu fique apenas com a minha realidade gélida e incapaz. Depressão remédio controlado, administrado em doses diárias e incessantes, loucura, sorrisos, Gritos, faces, o abstrato me compõe.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tudo é Trivial


Eu estou na beira do precipício sinto o vento em meus cabelos, eu olho para baixo e não consigo ver o fim do precipício. Eu procuro um tugúrio dentro de mim que me faça sair daquela situação desconfortante , mas agora é tarde ,eu já engoli todos os comprimidos dá caixa , eu já usei a seringa vazia, e me encontro na beira do penhasco sozinha com uma arma na mão eu vou levemente apontando ela na minha direção, coloco ela sobre a minha cabeça tangível em movimentos lentos eu aperto o gatilho e me perco na escuridão.